Jogos da Juventude passam a integrar o Sistema Brasileiro de Jogos Escolares

sábado, 3 de setembro de 2022

A manauara Ana Beatriz Tabosa tem 17 anos e vem de uma família com outros 10 irmãos. Meio-fundista, a especialista nos três mil metros do atletismo já é uma “veterana” nos Jogos da Juventude, com três bronzes em edições anteriores. Em 2022, as competições em 16 modalidades são em Aracaju (SE) entre este sábado (03.09) e o dia 17.

Neste ano, contudo, Ana Beatriz descobriu que o estímulo para o pódio é ainda mais forte. O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, anunciou durante a cerimônia de abertura do evento nesta sexta, 02.09, que os Jogos da Juventude passaram a fazer parte do Sistema Brasileiro de Jogos Escolares. Assim, tornam-se elegíveis para a concessão do Auxílio Esporte Escolar.

Benefício complementar do Auxílio Brasil, o Auxílio Esporte Escolar garante a estudantes-atletas de famílias do programa de transferência de renda que se destacam um repasse de R$ 100 mensais e outros R$ 1.000 anuais. Isso além do mínimo de R$ 600 por mês já previsto no programa. Como os Jogos da Juventude já são uma etapa nacional e para chegar lá os atletas passaram por seletivas regionais, todos os atletas em Aracaju pertencentes a famílias do Auxílio Brasil são elegíveis. O programa chegou, em agosto de 2022, a mais de 20 milhões de famílias brasileiras.

“Somos sete homens e quatro mulheres em casa. Esse benefício significa muito. Não só para minha família, mas para mim. Vai servir para comprar minhas vitaminas, meu tênis, tudo o que o atleta precisa. Ter esse dinheiro seria um privilégio”, afirmou Ana Beatriz.

“Essa inclusão dos Jogos da Juventude no Sistema Brasileiro de Jogos Escolares possibilita que tenhamos uma visão sistêmica da inclusão social por meio do esporte”, afirmou Ronaldo Bento, durante a cerimônia de abertura do evento. O ministro esteve ainda no Centro de Convenções Am Malls, onde funciona a principal sede dos Jogos da Juventude. Visitou o Centro de Convivências e pôde observar as instalações esportivas, restaurante e pontos de atividades oferecidas aos atletas.

Organizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), os Jogos da Juventude reúnem na capital sergipana 4.180 atletas na faixa etária de 15 a 17 anos, das 27 Unidades da Federação.

Experiência expandida

Para Alice Pereira Lopes, de Currais Novos (RN), a chance em Aracaju é de expandir a experiência. A adolescente de 15 aos já recebeu o Auxílio Esporte Escolar em 2021, quando se destacou nos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s), retomados numa parceria entre a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania e a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) após um intervalo de 17 anos. Também meio-fundista, ela espera repetir a dose, agora nos Jogos da Juventude.

“Eu competi lá no Rio de Janeiro, consegui ficar entre as melhores e a gente recebeu o auxílio de mil reais e ficamos tirando os 100 por mês. Foi uma coisa muito ótima. Usamos comprando as coisas de casa e umas coisas para mim, como a sapatilha nova que eu trouxe para competir aqui”, relata. Ao todo, foram 1.405 contemplados com o benefício a partir dos JEB's 2021. 

“Nós acreditamos no esporte como ferramenta de transformação e isso tem se mostrado acertado. Nossas crianças de 12 a 14 anos têm a oportunidade de estar fazendo a atividade física com o propósito de participar de uma competição nacional nos JEB’s e, agora, complementamos esse ciclo com os Jogos da Juventude, na faixa de 15 a 17 anos”, disse Ronaldo Bento.

Campeã olímpica

A cerimônia de abertura dos Jogos da Juventude contou com as presenças do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Vanderlei, do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira Filho, e da superintendente especial de esportes de Sergipe, Mariana Dantas.

Uma das presenças de destaque na abertura foi a da medalhista de ouro nos 10km das maratonas aquáticas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021: Ana Marcela Cunha foi responsável por acender a pira dos Jogos da Juventude 2022.  

“Eles são a nova geração do esporte, e o mais legal é a gente ver o desenvolvimento, a ideia de conseguir agregar sempre a educação com o esporte, porque a gente sabe que a gente consegue modelar os cidadãos, transformar muitas vidas”, afirmou a campeã olímpica.

Também estiveram presentes o secretário adjunto da secretaria especial do Esporte do Ministério da Cidadania, André Alves, e a secretária nacional de Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania, Fabiola Molina. 

Durante o evento, houve duas revelações. O nome da mascote dos Jogos de Sergipe é Bamba e a edição de 2024 do evento será em Blumenau (SC). No ano que vem, os Jogos já estavam confirmados para Ribeirão Preto (SP).

Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

 

 



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